A retina é a parte do olho responsável pela formação de imagens. A luz é transformada em sinais elétricos que são enviados para o cérebro através do nervo ótico. A mácula é uma das partes da retina e tem um papel essencial na garantia de uma visão nítida, clara e colorida, já que é composta por milhões de células foto sensitivas que ajudam na captação de imagens complexas.
Dentro disso, a degeneração macular é uma das doenças que afetam essa região do globo ocular. Ela afeta justamente essa região da mácula, e, geralmente, é resultado do envelhecimento, embora se apresente nos mais jovens com relativamente menos frequência.
Também conhecida como DMRI, a degeneração macular relacionada à idade é uma doença sem cura relativamente comum, sendo a principal causa de perda de visão em indivíduos com mais de 60 anos. É caracterizada pela perda do campo de visão; as imagens ficam desfocadas, distorcidas ou escuras.
DMRI causa cegueira?
A degeneração macular por si só não necessariamente causa cegueira completa, mas seu avanço interfere com a realização de atividades diárias, como a capacidade de ler, escrever e na distinção de objetos no geral. Tudo isso acontece por via de lesões infringidas na mácula, que são, a princípio assintomáticas e não detectáveis a olho nu, sendo necessário a realização de um exame de fundo de olho para diagnosticar a doença.
O exame de diagnóstico procura por drusas maculares (depósitos de cor amarela que surgem logo abaixo da retina e são geralmente consequência de idade avançada), podendo, ou não, haver alterações pigmentares na parede da retina.
Etapas da Degeneração Macular de Retina
A doença se divide em três fases principais, sendo que seu tempo de evolução varia muito de pessoa para pessoa, podendo progredir rapidamente em alguns pacientes e de maneira mais lenta em outros.
A fase inicial é caracterizada pela presença de drusas maculares de calibre médio. Geralmente assintomática, o paciente não apresenta perda de visão e o tratamento principal é preventivo, sendo importante a realização do exame ocular do fundo de olho para acompanhamento de uma possível evolução da doença.
A fase de intermédio se caracteriza pela alteração das drusas maculares e/ou alteração na pigmentação das paredes da retina. É geralmente nesse estágio onde começa a acontecer alguma perda de visão.Para controle continuado e retardação dos efeitos da doença, exames de rotina ea manutenção de um estilo de vida saudável são recomendáveis.
Na terceira fase, o estágio avançado, a doença se divide em dois tipos de apresentação;
- Degeneração macular com atrofia geográfica ou não exsudativa (degeneração macular seca). Mais comum, se apresentando em 90% dos casos, é quando existe um desgaste gradual das células sensíveis a luz, provocando perda de visão.
- Degeneração macular neovascular ou degeneração macular exsudativa ou ainda, degeneração macular molhada (ou úmida). Menos comum, mas mais extremo, se caracteriza pelo crescimento de vasos sanguíneos anormais dentro da retina. Eles podem derramar fluido e sangue, o que pode levar a formação de edemas, e por consequência, danos na mácula.
Nos estágios mais avançados (degeneração macular neovascula), certos tratamentos existem para diminuir a perda da visão e retardar sua evolução. A cirurgia a laser argondestróivasos anormais e previne a formação de edemas, e éutilizada em certos casos de degeneração macular exsudativa para prevenir seu avanço. A terapia fotodinâmica e as injeções de antiogénicos são outros possíveis tratamentos, ambos agindo no controle do crescimento de vasos sanguíneos anormais.
Acompanhamento Médico
Nem todos os casos da doença evoluem para suas formas mais graves. Mas, por não existir cura, são importantes o acompanhamento médico e a execução de ações preventivas, como a manutenção de um estilo de vida saudável.
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